(POR DR. REINALDO YAZAKI) Composta de no mínimo três profissionais, a saber, OTORRINO DEDICADO À VOZ, FONOAUDIÓLOGA(O) ESPECIALISTA EM VOZ CANTADA e PROFESSOR DE CANTO, este grupo atua em SINCRONIA e em CONTATO para reunir informações valiosas para OTIMIZAR O TEMPO DE MELHORA. EM MINHA OPINIÃO, EM QUASE 100% DOS CASOS, devem acompanhar os cantores.
URGE, atualmente, a MELHORA rápida, em decorrência das características do mercado de trabalho e por causa da necessidade que a Performance profissional impõe aos cantores. NO MUNDO TODO, em países que já se profissionalizaram nos cuidados de saúde vocal, estes três atuam juntos.
O OTORRINO DEDICADO À VOZ faz a avaliação médica, verificando a presença de todas as possibilidades de que alterações localizadas na laringe ou no corpo possam ser a causa daquela dificuldade vocal. Examina a laringe com LARINGO-ESTROBOSCOPIA (pela boca), para avaliar as condições estruturais do órgão vocal. Examina os MOVIMENTOS DA LARINGE, CORDAS VOCAIS E TRATO VOCAL, durante a performance do canto, com a FIBRA ÓPTICA FLEXÍVEL (pelo nariz), à procura de movimentos que possam eventualmente contribuir, com traumatismos, para a queixa de voz cantada, que neste momento pode ainda não estar acompanhada de LESÕES. Deve acompanhar em reavaliações o cantor durante todo o processo terapêutico com a equipe, tratando com medicações e/ou orientações médicas as condições influenciadoras da queixa vocal.
A FONOAUDIÓLOGA(O) avalia primariamente ou após o médico otorrino, as características perceptivas e acústicas daquela voz com dificuldade e, baseando-se em dados idealmente fornecidos pelo exame médico realizado, principalmente no tocante dos movimentos, junto com dados de sua avaliação, unindo-os e planejando a terapia mais otimizada possível, que envolve exercícios de voz seriados, totalmente dirigidos para o que cada paciente necessita. Esta é parte em que o cantor aprenderá mecanismos de manter sua saúde vocal em exercícios terapêuticos, no sentido de tratamento, desta palavra.
O PROFESSOR DE CANTO é essencial desde o momento da percepção da alteração de voz, apesar de ainda sem queixa, pois são auditivamente treinados para perceberem quando algo não vai bem com a sonoridade da voz, corroborando imensamente para a saúde daquela voz, ao encaminharem apara avaliação médica. Alguns já são treinados e dominam o conhecimento fisiológico da produção vocal, conhecem anatomia, conhecem os mecanismos principais de doença vocal. Durante as FONOTERAPIAS realizadas por fonoaudiólogas(os), auxilia IMENSAMENTE NA IMPLEMENTAÇÃO da maneira saudável de produzir voz que está em processo de aprendizado com estas, utilizando os mecanismos de exercícios de voz cantados, junto com repertório se possível ajustado para que a recuperação possa ser otimizada com a prática.
INVASÃO DE ÁREAS? FONO atuando como professor de canto (não sendo, algumas são), PROF DE CANTO como fono???????? MÉDICO como FONO, Médico como Prof. de canto?????
Resposta: Isso somente tem potencial de ocorrer se os três profissionais não se conhecerem E não trocarem figurinhas, se não discutirem os casos. Esse comportamento é o principal causador das divergências entre alguns profissionais. Claro, a falta de conhecimento também pode ocorrer, mas é mais rara. DEVEMOS ASSUMIR A POSTURA TERAPÊUTICA EM PROL DO NOSSO MAIOR BEM E FIM QUE É O PACIENTE, e juntarmos as FORÇAS de cada uma das três áreas para que a CONVALESCENÇA seja a mais rápida possível. PROFISSIONAIS SÉRIOS E HONESTOS NÃO VÃO ATUAR EM ÁREAS para as quais não têm excelência de ATUAÇÃO, ESPECIALIZAÇÃO E CURRÍCULO.
POR ISSO, vamos trabalhar juntos? A alegria da equipe quando traz a CURA ao cantor é um PRÊMIO para os três, o SUCESSO profissional dos pacientes também, bem como o é a GRATIDÃO DO CANTOR em relação à equipe.
LOGO, UNAMOS ESTE TRIO (PROFESSOR DE CANTO, FONO E OTORRINO) NOS OBJETIVOS DE PREVENÇÃO, MANUTENÇÃO E TRATAMENTO DE SAÚDE VOCAL DO CANTOR.
Um comentário:
Parabéns pelo texto Dr. Reinaldo, Estou realmente encantada com suas palavras, sou acadêmica de Fonoaudiologia e interessada pela área de voz profissional e clínica, e ao ver o valor que você dispõe para as Equipes Multiprofissionais (Equipes de Voz), fortalece a minha esperança de que um dia esse pensamento será unânime entre os profissionais que trabalham na área da voz, sejam médicos, fonoaudiólogos ou professores de canto. E assim os pacientes vão realmente receber o tratamento mais digno e capaz de tratar a patologia e restabelecer a saúde e beleza vocal destes pacientes, que necessitam tanto da sua voz para viver. Novamente o parabenizo pelo seu trabalho, e opiniões!
Atenciosamente,
Tamiris S. Akbart - Acadêmica de Fonoaudiologia-UFES e Presidente da Liga da Voz do ES(LAVOZES).
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