Teoricamente, há dois tipos de laringes normais: (1) a laringe idealisticamente normal e, (2) a laringe com pequenas variações anatômicas denominadas alterações estruturais mínimas.
Muitos médicos têm a concepção ERRADA de que estas alterações estruturais mínimas ou variantes da anatomia são anomalias ou lesões ou malformações, mas tal idéia está incorreta, pois ESTAS SÃO pequenos desvios da formação da cobertura vocal que não costumam limitar de grande monta a fonação, até porque não temos casos de rouquidão desde o primeiro choro que alguém tenha diagnosticado como tal. AS ANOMALIAS, PELO CONTRÁRIO, COSTUMAM DETERIORAR A VOZ DE GRANDE IMPACTO, PREJUDICANDO CERTAMENTE A FUNÇÃO FONATÓRIA. Então, as alterações estruturais mínimas não são anomalias, não são lesões e, portanto, não devem ser tratadas ou cunhadas como doença ou deficiência ou causadoras de incapacitação. Cremos que sua frequência na população esteja em 30% da população vocalmente ativa e sem queixas de voz. De qualquer forma, também não é porque um indivíduo tem um órgão idealisticamente "perfeito", se é que isso existe, que não está sujeito à descompensações de sua voz.
Então, porque a voz fica rouca na maioria das vezes durante o uso vocal?
O que precisa ficar claro para a população é que tanto a laringe idealisticamente normal quanto a laringe com alteração estrutural mínima podem descompensar com rouquidão, quando SUBMETIDAS A USO INCORRETO, OU A USO ABUSIVO OU A MAUS-TRATOS VOCAIS.