Pode ocasionar rouquidão. O ácido que reflui na garganta ou na laringe causa inchaço, vermelhidão e alteração da superfície epitelial na laringe, além de espessamento das secreções laríngeas e até perda de sua sensibilidade. O conteúdo do refluxo, ácido ou básico, teoricamente provém do estômago e, na maioria das vezes não afeta o caminho até a laringe (esôfago), o que justifica o exame do esôfago muitas vezes normal.
Sintomas como gosma presa na garganta, pigarro constante e reiterado, queimação na garganta, rouquidão ao acordar, demora para iniciar o timbre habitual no dia, azia, esforço vocal, aquisição de timbre mais grave do que o habitual, dificuldade nova nos agudos da voz cantada podem ser indícios da doença.
Na laringe, o otorrinolaringologista pode ver, pela estroboscopia, sinais precoces da doença além de afastar outras possibilidades de doenças mais graves para aqueles sintomas.
No entanto, há que se tomar cuidado durante o diagnóstico, pois há outras condições médicas que podem desencadear as imagens que são visibilizadas na estroboscopia, que não poderão então ser confundidas com o refluxo. Vômitos ou crises de tosse recentes, bulimia, sinusite crônica, boca seca, pigarro psicogênico, alergia na laringe, excesso de uso de antissépticos bucais, além de outras condições podem dificultar o diagnóstico.